Exatamente isso. Não é nada fácil, mas é simples. Não estou dizendo para se fechar num mundo seu e sofrer sozinho as dores da vida. Não, sempre serei amante das coisas divididas, fica mais bonito assim. E é exatamente para aproveitar mais alguns prazeres, que incentivo as pessoas a se resolverem.
Chega uma época na vida que não existe mais a opção “coitado de mim” ou “tudo é mais difícil para mim”, ou mesmo “estou na idade de zuar e curtir”. Caminhar com essas pessoas é penoso, improdutivo e perigoso. Mais, desonroso.
Trate seus traumas. Todos temos e isso não pode, nem irá fazer o mundo parar de girar. Vá a um terapeuta, psicólogo, amigo, casa de massagem ou o que for, mas volte “Homem”.
Enfrente seus medos. Um dia você terá de matar uma barata.
Permita que as pessoas tenham suas escolhas. Pessoas não detém pessoas, pessoas torcem por pessoas. O Amor é isso, torcer atrás da linha.
Assuma suas ações e as consequências que elas geram. Seja uma fonte de vida que alimenta os que passam. Seja uma barraca no caminho. Seja um posto de sombra grátis. Seja o que for, mas seja algo e honre o nome de quem veio antes.
Ontem acordei com uma notícia de que um jovem caiu de uma janela. Por motivos familiares isso mexeu comigo, até que fui ver a reportagem toda. Acontece que um “jovem”, “caiu” de uma janela. Entende a diferença? Explico. Um estudante de psicologia, bêbado, numa festa universitária, após correr pelado publicamente, caiu... é. Caiu e os seus amigos disseram que foi uma fatalidade pois ele era legal.
Aí eu pensei, fatalidade? É como dizer que algum motorista embriagado atropelou uma criança, ou dizer que um jovem estourou seus miolos brincando de roleta russa com um 38, ou dizer que a corda se rompeu e a menina que explodiu lá embaixo foi uma azarada. FATALIDADE é se eu estiver andando na rua e um raio cai em mim! Fatalidade seria se minha mãe estivesse embaixo desse imbecil voador! Fatalidade é outra coisa!
Mais exemplos? Há pouco tempo fui a uma formatura onde um adolescente levou uma garrafada na cabeça. Não que eu tenha saído perguntando o que aconteceu, mas, veio a público que um menino brigou com sua “peguetezinha” e um terceiro foi defende-la. Este terceiro partiu para briga e tomou a tal garrafada. Eu e meu pai continuamos na mesa... Até que vieram na nossa mesa dizer: “poxa que injustiça! Ele nem tinha nada a ver com a história! Foi lá defender a menina e agora está no hospital! Não é certo! Que injusto!”. Cansado eu expliquei “amigo, me responda porque não sou eu quem está sangrando com a cabeça aberta. Por favor me diga porque nada voou na minha mesa”.
Entendem onde eu quero chegar?
Bêbados não sofrem ACIDENTES, pessoas briguentas não são “injustiçadas”, e nenhum desses acontecimentos juvenis, infantis e frequentemente universitários levam o nome de FATALIDADE. Também não é destino, castigo de Deus ou karma. Isso chama-se consequência de suas escolhas.
Está claro meu ponto?
Perdoem-me a indelicadeza e o texto diferente do habitual, mas é que deu já. Não aguento mais tanta gente morrendo em festas de faculdade, não aguento mais tanta gente “bem-criada” tendo filho “sem-querer”, não aguento mais essa ideia de que é muito louco ficar “muito louco”. Não aguento mais maconheiros.
Sim, talvez eu tenha 80 anos, mas eu não mato. Também não morro.
Chega. Termino fazendo um apelo aos pensantes. Assinem esta petição (vide link abaixo), para que essas merdas parem de acontecer.
Sem mais.
Minoru, concordo com suas palavras. Vc tem o direito de pensar e escrever o que pensa. Acho, no entanto, que "o buraco" é mais embaixo. Será que essas pessoas têm ou tiveram um embasamento familiar adequado? Será que receberam amor, carinho e atenção de seus pais?Não estou justificando nada,acredite.
ResponderExcluirCrianças bem orientadas tornam-se adultos de caráter,com valores morais sólidos.
Os pais precisam aprender a dizer "não"a seus filhos. Do contrário serão adolescentes mimados, imaturos e adultos desajustados.
Não quero que pense que estou "culpando" os pais pelo desajuste do filho.
Pais sempre querem acertar e dão a vida por seus filhos.
Parabéns pelo texto.
Beijos carinhosos!
É uma honra para mim ter professoras como vc na minha história. Em mim hoje, existe muito de suas broncas e carinhos. Muito grato.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA ideia de tomar para si a responsabilidade de ditas fatalidades foi bem apontada e defendida. A compreensão e comoção pelas causas que levam pessoas a agirem de forma inconsequente, seja o desprivilégio econômico ou a falta de atenção dos pais, tem tornado todas as ocorrências indesejadas metafísicas, isto é, a princípio todos tem caráter e intenções positivas e tudo de ruim que acontece tem origem numa tragédia imprevista ou injusta. Todas as histórias que nos inspiram tem a palavra superação; da pobreza, da violência domiciliar, da falta de educação. É uma arrogância mascarada compreender a fraqueza dos delinquentes, como se fossem animaizinhos incapazes de superarem. O texto demonstrou uma opinião muito corajosa.
ResponderExcluirVale um observação minima, também nesse contexto de abordar coragem e responsabilidade pelos atos:não concordo com a falta de ação diante de alguma situação injusta. Oferecer auxilio aos que não podem se defender, mesmo com um mínimo de risco é tão auspicioso quanto oferecer sombra. A indiferença dos comedidos abre espaço para a forca bruta.