Talvez por isso eu aprecie tanto as pessoas
que se permitem, e tenha dificuldade em lidar com “meias-pessoas”. Porque
minhas palavras por vezes podem sair exageradas, mas jamais prolixas. Sou de
pecar pela transparência, talvez até pela ansiedade, mas jamais pela incompletude.
Poderão reclamar que fui direto demais, apressado, demorado, e até deselegante,
mas nunca ouvirão que de mim não tiveram tudo. Pois em tudo serei sempre eu todo.
Eu como o cardápio com os olhos e por isso frequentemente levo comida
embrulhada pra casa. Prefiro a previsibilidade das pessoas verdadeiras do que o
mistério das covardes.
E é muito comum que nós, hiperbólicos
apaixonados, nos tornemos alienados achando que tudo é só “muito bom” ou “muito
ruim”. Isso é um perigo, mas não é o ponto. O bonito é a Verdade e a Entrega em
tudo o que é feito, lido, comido, encostado, apertado.. Se vissem a minha avó comendo canjica
com doce de leite vocês entenderiam o que estou falando. E também não tem a ver
com ser irresponsável. Tem a ver com ser Íntegro, na etimologia da palavra, ser
UM, ser TODO..
Mesmo sozinho eu toco piano arrepiado, porque
não me interessa o tamanho da plateia, eu toco sempre para um milhão.
Homenagem aos que tem o
incrível costume
de enxergar o infinito em tudo.
Uau! Exatamente assim!
ResponderExcluirVisceral e cortando até o osso!!
A-DO-RE-I
ResponderExcluirA frase "ela ri alto, fala alto, canta alto, sonha alto" tem muita conexão com seu texto e me define demais.
Obrigada!
Nossa, que texto! Bem humorado e cheio de verdades, afinal de contas, uma vida sem intensidade não é uma vida. E uma vida de inverdades, máscaras e superficialidade, muito menos.
ResponderExcluirAmei o texto e o blog. :)
Felicidade em me identificar tão profundamente nas suas palavras ainda nos dias de hoje. Fui leitora assídua a alguns anos atrás. Bom retornar para tuas palavras! :)
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