Lamúria minha que realmente pede por quem,
na falta da cara nua, se perde no que de veras não está.
A todos esses que vêm de frente, meus sinceros soluços.
Aos que omitem, meu asco.
O que omite é o Mentiroso frouxo.
Manobra sinuosa da auto-enganação egocêntrica.
É o ludibriar do eu para dormir em pAZ.
Quem mente precisa ter boa memória para não sair do personagem, boa retórica e eloquência pra não bambear os travessões. Deve ter domínio semântico para sorratear frestas de luz nas Palavras. Ser objetivo para abrir a porta só o necessário. Esse que mente, tinha tudo para ser bom, não fosse alguma coisa.
Pior do que a mentira de pronto, só a verdade tardia.
Um deslize de agora machuca, mas um de outros tempos judia.
Se ao final só se achar rancor, pior ainda. É que o perdão foi de mentirinha.
Texto forte e verdadeiro. =)
ResponderExcluirUm brinde à sinestesia! Gosto quando o texto é interpretativo, simbolista. Um dos princípios básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras sem nomear objetivamente os elementos da realidade. Apesar de no teu texto não haver ênfase no imaginário e na fantasia como conteúdo, a estrutura prosaica remete a isso. Para interpretar a realidade, vc se vale da intuição e não da razão ou da lógica. É preferível o vago, o indefinido ou impreciso entende? Isso é simbolismo.. É o "falar não dito". A mentira como enfoque "popular" no mau sentido..
ResponderExcluirGostei! :)