Ano novo, tempo de dizer todas aquelas coisas que se diz quando o ano vai mudar e de ouvir tudo aquilo que se ouve antes de brindar à meia-noite. Tempo de repetir “igualmente, igualmente” ou “pra você também, pra você também” mil vezes e também fazer planos e promessas. Nessas últimas é que vou me ater hoje.
Este ano não arquitetarei conquistas ou peripécias, não prometerei nada a mim mesmo. Não sujarei o novo ano desde o primeiro dia com minhas juras e profecias supervalorizadas. Todas as formas de agouros e presságios-não-realistas serão descartados. Explico minha decisão.
Hoje eu estava passando na cozinha, fui beber água. Não faz muito tempo trocamos nosso filtro. Até aí tudo normal não fosse um detalhe: Meu avô reformou a prateleira para o formato do novo filtro. Sim, isso mudou tudo. Percebi que “trocar o filtro d’agua”, para muitas pessoas poderia representar o objetivo final, a meta e depois dele devidamente trocado o trabalho estaria feito, inteiramente concluído e então não haveria mais nada a ser feito. Algumas pessoas não são assim. Existe um seleto grupo de pessoas para o qual “fazer o básico”, é o básico e não “cumprir a tarefa”. O que estou querendo dizer é que meu avô podia apenas ter trocado o filtro, mas ele refez a prateleira e no formato do novo filtro. Ele nunca me prometeu essa prateleira, não era nem obrigação dele trocar o filtro.
Desenvolvendo essa lógica e contextualizando na minha personalidade optei por não prometer resultados, mas mudar meus métodos, o caminho do raciocínio. Não terei garantirei resultados e muito menos anunciarei meus planos como certeiros – isso é coisa de gordinhos que começam o regime na segunda-feira -. Falo apenas de hoje, e hoje eu já estou pensando com essa dialética. Amanhã espero fazer o mesmo e ser coerente com minha caminhada.
Estendo o convite, não faça planos homéricos mas alcance sonhos advindos da mudança de conduta, e não faça isso “este ano” para que não vire uma jura, mas “hoje” para que seja sua nova realidade. Amanhã tente de novo.
Termino com um voto judeu: Tenha um Bom ano novo, porque o Feliz nem sempre é bom.
Era tudo que eu precisava ler pra o dia de hoje.Muito obrigada Minoru, pelas palavras sábias.Um Bom Ano Novo pra vc, sua família e a família Minorulândia.
ResponderExcluir=) é isso!
ResponderExcluirDeu vontade de falar um montão de coisas que me vierão a mente por esses dias. Mas não preciso. E acho meio que divino quando alguém supri meu precisar.
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