Uma árvore, um bolo e uma onça.

  Em casa plantamos árvores para as pessoas. A ultima foi a amoreira de 10 anos da Tuca.  Mas não é isso que quero enfatizar. Quero falar do inusitado.

  Para nos ajudar com o buraco, um dos pedreiros aqui de casa se ofereceu. Plantamos a árvore. Plantamos ao lado da casinha rosa da dona. Sem pretensão alguma, surgiu uma pergunta para o homem que cavara o buraco: “E você Oncinha, –apelido dele, irmão do chico- quando é o seu aniversário?

  -Não sei. Foi a resposta.

  Isso mesmo. “Não sei”. Nosso amigo não sabia, assim como também não sabia o nome completo da mãe e mais muitas outras coisas. Imediatamente, após se recompor, minha mãe correu e mexeu alguns pauzinhos. Por algum superpoder que os advogados devem ter, em algum tempo ela voltou com a resposta. 16 de Agosto. A própria semana que estávamos!

  Resumindo o carnaval com nuances de estranheza, hoje compramos um bolo, enchemos bexigas e pela manhã cantamos e plantamos outra árvore. Tal e qual qualquer um da família. Foi bonito. Bonito e inesperado. Estávamos na primeira festa de aniversário dele. Aliás, nós fomos ela.

  Poderia escrever uma noite inteira sobre isso. Vários âmbitos. Mas paro aqui. Pensativo, paro aqui.

  

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