Hoje me ensinaram que uma forma de ajudar a guardar um segredo, é contar para uma única pessoa bem escolhida. Parece incoerente eu sei, mas na prática faz muito sentido. Parece que de alguma forma, te dá um fôlego. Torna-se possível a tarefa.
Partindo daí comecei a desenvolver e vi que existem muitos tipos de segredos:
Tem o segredo clássico. Aquele infantil, inocente e geralmente de valor e duração colegial. Tem o segredo cinematográfico. Aquele que é tão absurdo que parece que a pessoa está vivendo um filme! São os pais que não são pais depois de 20 anos, os gêmeos que enganam a namorada e por aí vai. Tem também aquelas coisas que nós tratamos como segredo só pra dar audiência. É que no fundo falamos para todo mundo, sempre com ares de “confio em você hem”. Um tipo é especialmente gostoso. É aquele que, despretensioso, é contado naturalmente depois de uma conversa madrugada a dentro. É quase uma intimidade conquistada. Uma consequência natural de um bom papo.
Existem também algumas coisas que não são segredos, mas queríamos muito que fossem. Defeitos, medos, erros. Tenho medo desses, geralmente projetam uma imagem mentirosa do seu detentor. Idealizado. É um mentiroso que gera morte, diferente do segredo inventado para chegar perto, aquele quando o objetivo é apenas roubar um beijo por exemplo. Existem os segredos do universo: de onde viemos, quem criou as coisas, se existem ETs. Mas nenhum da mais vergonha do que aquilo que só você pensava que era segredo. Todo mundo sempre soube...
Os segredo é a lingerie das palavras. Sei que pode matar quando esconde a verdade, mas é inegável o prazer de dividir um secreto com alguém especial. Para isso serve até um segredo inventado, uma história qualquer, uma lembrança atoa... ...terminou com ar de privilégio.
Posso te contar um segredo?
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