Você já se sentiu diferente? Nem melhor nem pior, apenas um estranho. Não compatível. Como se não pertencesse a manada. Já se olhou num espelho após lavar o rosto e perguntou: “O que estou fazendo no meio deles?”
Nasci grande, loiro e de olho verde em uma casa japonesa. Minha mãe diz que já chorei muito até uns 8 anos por ser o oposto da aparência da minha casa. A parte italiana ficou em Piracicaba. Mas não é desse tipo de exclusão a que me refiro, mas sim uma disparidade ideológica.
Vejo músicos limitados da noite acreditando que eles sim têm a “malandragem”, e vi também músicos arrogantes do dia reduzirem música a matemática. Vi pensadores singulares se isolando numa casa no interior do Paraná por não se acharem suficientes, e também vi líderes querendo resolver nos outros, problemas não resolvidos em si próprios. Vejo gente que só fala mal da instituição de ensino mas não vai nas reuniões do Centro Acadêmico. Fundamentalistas que se casam para transar, homens que compram carro mais caro do que podem, famílias que vão a igreja que não gostam... Gente que fala de Cristo e faz guerra de comida. Estudante universitária de classe média com Volvo vermelho na garagem que faz filho e não tem certeza do pai. Vejo pais colocando filhos em aulas extracurriculares para terem tempo livre. Gente na faculdade que se comporta como ginasiano. Pessoas contra ficha-limpa, bafômetro e lei seca. Bêbados ricos com carros importados matando outras pessoas. Pessoas gastando em baladas mais do que pagam de salário a sua empregada. Gente que por amar demais segura mais do que deve. Gente que nem pensa nisso. Gente segura de mais que, perigosamente, não segura.
Quando dizia a um amigo como sonho em encher minha mulher de filhos, tomei essa: “Tá louco... colocar um filho no meio dessa maluquice pra que?”. Sei que é um tanto quanto extremista, mas existe ai uma gota de verdade.
Sei lá, por outro lado estamos todos tentando...
Já fiquei muito puto. Agora, estou triste.
Nasci grande, loiro e de olho verde em uma casa japonesa. Minha mãe diz que já chorei muito até uns 8 anos por ser o oposto da aparência da minha casa. A parte italiana ficou em Piracicaba. Mas não é desse tipo de exclusão a que me refiro, mas sim uma disparidade ideológica.
Vejo músicos limitados da noite acreditando que eles sim têm a “malandragem”, e vi também músicos arrogantes do dia reduzirem música a matemática. Vi pensadores singulares se isolando numa casa no interior do Paraná por não se acharem suficientes, e também vi líderes querendo resolver nos outros, problemas não resolvidos em si próprios. Vejo gente que só fala mal da instituição de ensino mas não vai nas reuniões do Centro Acadêmico. Fundamentalistas que se casam para transar, homens que compram carro mais caro do que podem, famílias que vão a igreja que não gostam... Gente que fala de Cristo e faz guerra de comida. Estudante universitária de classe média com Volvo vermelho na garagem que faz filho e não tem certeza do pai. Vejo pais colocando filhos em aulas extracurriculares para terem tempo livre. Gente na faculdade que se comporta como ginasiano. Pessoas contra ficha-limpa, bafômetro e lei seca. Bêbados ricos com carros importados matando outras pessoas. Pessoas gastando em baladas mais do que pagam de salário a sua empregada. Gente que por amar demais segura mais do que deve. Gente que nem pensa nisso. Gente segura de mais que, perigosamente, não segura.
Quando dizia a um amigo como sonho em encher minha mulher de filhos, tomei essa: “Tá louco... colocar um filho no meio dessa maluquice pra que?”. Sei que é um tanto quanto extremista, mas existe ai uma gota de verdade.
Sei lá, por outro lado estamos todos tentando...
Já fiquei muito puto. Agora, estou triste.
Compartilho da mesma tristeza.
ResponderExcluirMimi, adoro seus textos!😊Sou sua maior fã! 😄 Continue escrevendo! Só não sei de quem vc puxou esse , acho q foi da nossa mãe!😜 Te amo! I Love You!
ResponderExcluirDepois q vc tomar banho vem para a sala de TV, estou te esperando! 😉
Bjkss💋
Mana
Parabéns pelo Blog! Achei de uma sinceridade delicada e convidativa!!
ResponderExcluirCara, Sensacional! To impressionado...
ResponderExcluirInfelizmente todos os exemplos citados são verdades.
Com minha ex namorada eu tomei um toco feio também quando falei de filhos pra ela, ela não sabe nem se valorizar também, acha que nem deveria ter nascido.
Quando relacionou a galera da Faculdade, lembro logo das festas (famosas calouradas), se comportam como primários, infelizmente. Lembro também de estudantes da Federal, muitos andam de carrão e tem boas condições financeiras.
Quando fala dos patrões recordo dos empregados também, que em uma festa gasta todo o seu dinheiro conquistado com muito suor durante o mês e as vezes até passa necessidades por conta disso.
Professores? Concordo que devem ser valorizados mas são poucos que querem ser valorizados, poucos vão em reuniões, outros, são medrosos que querem ganhar um bom salário mas não move um "pauzinho" por conta disso. A Educação é sucateada por causa desse maldito "conjunto da obra" desde lá de baixo até lá em cima estão todos negligentes.
Pais que querem se livrar dos filhos? INFELIZMENTE isso acontece demais também, gostaria muito de ter um filho e adoraria que ele ficava próximo da minha pessoa o maior tempo possível. São esses que ficam "largados" que aprendem a confiar em um amigo mais que na própria família e em muitos casos vocês sabem das consequência né?
Deu Zebra!
Parabéns pelo BLOG, adorei todos os TEXTOS que tive a oportunidade de ler e vou ler muitos e muitos.
Muito Obrigado!