O que diferencia filhos de pais, é apenas o número de experiências elementares –acontecimentos que exigiram decisões e que, posteriormente passaram por uma “peneira” de aprendizado-. Essa bagagem de experiências elementares permite que eles construam critérios de avaliação melhores embasados que os nossos. Possuam um juízo de valor muito mais denso que o nosso. Matemática.
Mas... Em se tratando de primogênitos (ichiban para nós nipônicos), os pais de primeira viajem encontram-se em terras desconhecidas. E como conseguinte não têm ainda bagagens suficientes para “acertarem na mosca sempre”. Ou seja, remoçam à infância! Genial! Tornam-se criança simultaneamente com seus filhos! Começam do zero! Voltam a usar rodinhas! Sim! Pais são adultos de rodinhas!
E o mais interessante, é que não importa quantos filhos se tenha. A diferença existente entre ter um, dois, três, filhos faz com que sempre se volte a estaca zero! Nossa! Ser pai é ser eternamente criança! É trilhar pelo desconhecido a cada “novo primogênito!
O que quero dizer com toda essa maluquice, é que nossos pais também estão aprendendo a educar. É como explica o mestre Rubem Alves “educar é natural do corpo, não vem em livros de pedagogia”. Nossos pais estão suscetíveis ao erro como nós. Eles já foram filhos, mas nunca foram pais –contextualize à você “nunca foram pais de um, dois, três...-.
Todavia, existe uma diferença. Os filhos são dependentes –por mais que você jovem petulante negue-. Os pais não, por isso apenas amam. O que faz toda a diferença pois existe gratuidade. E é esse amor que os machuca quando erram. E nós não imaginamos esse peso.
Pais, errar amando não é errar, é se doar. Quem se engana amando não se equivoca, dá exemplo. Por isso me orgulho de vocês.
Pois me dão a impagável tranquilidade de quem se sente cuidado. Amado. Eu amo minha mãe. Eu amo meu pai. Mais ainda porque assim mesmo me amariam ainda que eu não os amassem.
As lágrimas me atrapalham digitar neste momento, e meu coração está disparado. Eu sou o fruto não do que vocês acertaram ou erraram, mas do que sonharam que eu fosse. Pois o amor transcende o palpável e trabalha com a fé.
Quando for a minha vez de voltar a infância, assim também amarei. Porque não me contentei com as flores de um mundo efêmero,
mas as reguei com a água viva que me alimentaram no meu lar. E com o amor que recebi, aumentei os dias de vida dessas flores.
Amém
Pausa.
ResponderExcluirUfa,
Minha mãe sempre vê seus textos, mas vou fazer questão de exibir meu impresso desse para o meu pai também, engraçado, mas as vezes quando fico com raiva deles, penso exatamente o que você disse, eles nunca foram pais antes, é a primeira vez que são meus pais, que tem que lidar com meu jeito....
Sou fruto dos sonhos deles.
Imensurável o que fizeram e fazem por mim, por minhas irmãs...
Incrível.
E só.
Abraço.
Até breve.
Lys.
Sempre tive a impressão de que minha mãe não era muito minha fã... pq sempre descordava de tudo, mas tudo mesmo que eu falava... depois que cresci um pouco mais, entendi que muitas das minhas idéias eram revolucionárias demais pra ela, ou talvez me colocassem num risco que ela não gostaria de me ver correr... Agora que estou na minha casa, longe da convivência diária com ela, sinto muita falta dela, do colo, dos carinhos, do leite com açúcar queimado, e dos conselhos, sempre ligo pra ela todos os dias várias vezes. Descobri que ela foi uma grande guerreira, que enfrentou todas as coisas do mundo, para nos manter fortes e dignos. Seu post, me fez voltar a pensar no valor absurdo que tenho próximo de mim!
ResponderExcluirObrigada meu amigo!
Muito bom ler seu texto. É muito fácil para nós filhos julgar o comportamento dos pais, mas nós agiremos igualzinho, é sempre assim.
ResponderExcluirAgora que estou longe deles entendo e valorizo mais. Me fez chorar...novidade...
que bom que você reconhece isto hoje,e nqanto eles estão vivos. Tenho certeza de que seu futuro será ainda mais feliz ao constatar essa felicidade de ter pais assim,hoje. Eu tbém amava meus pais com suas imperfeições e bondades.
ResponderExcluirParabéns. Lindo texto. bjos
Primeira vez que vejo seu blogger indicado por Ricardo Gondim no Twitter:
ResponderExcluirEstou longe dos meus pais a alguns anos, e entendo-os melhor agora depois do seu texto, nunca havia pensado dessa forma mas agradeço sempre a Deus pelas suas vidas, e pela educação que me proporcionaram.
Brilhante!;)
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirESSE POST É REALMENTE INCRIVEL COISAS QUE PENSAMOS , VEMOS E AS VEZES ATÉ COMENTAMOS COM AMIGOS ,MAS NUNCA PENSEI EM FALAR ALGO ASSIM PARA MEU PAI(ATÉ HOJE) PARA MINHA MÃE´JA NÃO DÁ PRA DIZER MAIS NADA ELA JA CUMPRIU O QUE DEUS PERMITIU NESSA TERRA...
ResponderExcluirO MAIS INTERESSANTE É SOU MÃE E MÃEZONA MESMO EU DECIDI SER MÃE SABE NÉ,HOJE EM DIA TEM PESSOAS QUE TEM FILHOS MAS NÃO ACEITAM SER MÃE , CORRIJO MINHA FILHA SEMPRE QUE ACHO NECESSARIO AS VEZES ACHO QUE ESTOU ERRANDO MAS É POR MEDO DE ERRAR .ENTENDE,MAS É VERDADE OS PAIS CORRIGEM POR AmOR E BRINCAM COM OS FILHOS DE CORAÇÃO ,É REALMENTE O SENTIMENTO MAIS VERDADEIRO QUE EXISTE...EU QUERO SER ORGULHO PARA MINHA FILHA E TAMBEM PARA MEU PAI..BJO DEUS TE ABENÇOE..