Você gosta de comer?!

  
Já começo dizendo que sou um japonês (sansei – 3ª geração) que não come nada que venha do mar. Sim, sei que é um absurdo. Quando criança eu comia tudo, mas hoje não me agrada o gosto, o cheiro e muitas vezes nem o aspecto. Por outro lado, como todos os legumes, frutas e vegetais que existem. Mesmo não sendo minhas preferências, carnes de caça como cervos e patos também passam, se eu não tiver escolha. Carnes moles e com muitas peles ou ossos não me agradam, mas também não passo vergonha por conta disso, me viro bem. Temperos e especiarias exóticas, flores e pimentas, encaro tudo. Pelo menos experimento. Ah, claro, adoro todos os fast-foods. Definitivamente acho que tem momentos que só combinam com um bom hambúrguer. Estou abrindo essas coisas minhas para falar que ninguém é obrigado a comer de tudo como o Ivan. Assim como preferimos algumas cores e não gostamos de alguns cheiros, acho muito natural nos identificarmos com alguns gostos e outros não. Até para exercícios podemos ter preferencias. Eu vou à academia 5 dias por semana, mas não sou muito fã de corridas. Também prefiro nadar à pedalar. Gostos...
  Mas tudo tem limite. Tive a oportunidade de passar os últimos dias em lugares lindos, de muito sol e calor. Achei revoltante o tamanho que alguns pais permitem que seus filhos cheguem tão jovens. E digo “os pais” porque é responsabilidades deles, sim, dar o mínimo de instrução à criança. Não entram nesta crítica problemas que independem da disciplina, como problemas de Tireoide, por exemplo. O que não entendo é como algumas pessoas vão se deformando, entupindo suas veias e artérias e, mesmo vendo seus dias de vida escorrendo pelas mãos, ainda assim não param de comer errado! Um senhor estava quase sem cartilagem no joelho e ainda assim não conseguia deixar de comer o tal “docinho”. Conheço quem tem diabetes, corre risco de ficar cego e ainda assim não resiste à um prato de brigadeiro. Não estou pregando estereótipos de beleza. Não reduza meu desespero à isso! Estou é indignado com essa glutonaria sem limites que transforma seres humanos em bolas de pele e gordura com taxas bovinas de colesterol. Estou indignado com o pouco valor que a vida está tendo em algumas famílias.
  Se não tem ânimo suficiente para deixar de ser sedentário por você mesmo, que o faça então pelos seus filhos! Para que tenham pais por mais tempo! Para que seus netos possam ter um avô que ainda interaja pela sala com eles! Pela sua mulher, para que não fique viúva! Vamos viver, galera! E isso vai virando uma bola de neve: quanto mais sedentária a pessoa é, mais ela supervaloriza qualquer trabalhinho físico. Qualquer caminhada ou escadinha vai se tornando um desafio cada vez mais assustador e a pessoa vai perdendo cada vez mais os parâmetros do que um corpo normal é perfeitamente capaz de fazer. Se enganam usando faixa de compressão, gel redutor, complementos, suplementos, cremes e aparelhos da polishop achando que eles, por si só, sem exercícios e alimentação, vão gerar grandes resultados.
  Existe uma imagem negativa, arrisco dizer cultural, que se impregnou sobre as comidas saudáveis. É como se todos estivessem predispostos a achar ridículo alguém dizer que a sua comida preferida é Abobrinha. Nessa nova onda comportamental, tudo o que não é industrializado é visto com maus olhos antes mesmo de serem provados. E isso existe mesmo dentro das academias! Tudo o que é natural não é tão bom quanto os sintéticos. Aliás, “malhar” e “ser saudável” são coisas bem diferentes. Muita gente treina, mas come como uma criança obesa de nove anos, daquelas com pneuzinhos nas laterais.

  Não estudei nutrição, não sou instrutor de academia e nem sou desses que sabem os nomes das proteínas. Mas sei matemática básica: Se entra mais do que sai, engorda. Se sai mais do que entra, emagrece. Mais saudável, mais expectativa de vida. Menos saudável, menos expectativa de vida. Não é simples, mas é possível e necessário.

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6 comentários:

  1. Muito bom o texto. Parabéns! Realmente, muita gente não tem cuidado com a alimentação...

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  2. Muito legal, mas me diz: Por que os japoneses matam tantos golfinhos? As vezes parece que os japoneses são seres superiores, mas não são, vejam:

    http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3928229-EI238,00-Inicio+da+caca+aos+golfinhos+reabre+polemica+no+Japao.html

    http://mais.uol.com.br/view/1575mnadmj5c/japoneses-matam-20mil-golfinhos-por-ano-para-manter-tradicao-040272E0C99366?types=A

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  3. Caro Jardel, inacreditável o seu comentário.

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  4. Li e concordei! São raros os textos por aí que abordam este assunto sem "forçar a barra". Não é preciso ser radical, mas é preciso ao menos moderação. Acho um absurdo quando tento mudar algum hábito, e as pessoas intrigadas me dizem "Ah, é sério que você vai substituir o refrigerante por suco natural?! Que grande besteira!" É preciso ser "do contra". A recompensa é a saúde redobrada.

    Ótimo texto!

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  5. Uso sempre a tal matemática básica. Nas mesmas palavras. hehe

    Boa, Minoru. Pertinente, objetivo, responsável. Ótima mensagem.

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