O que essas 4 coisas tem e comum? (parte 1)

  

 

Aconteceu tudo no mesmo dia. Começou cedo, quando quis ir ao banheiro e uma mulher me dirigiu um alerta verdadeiro, ainda que em tom de brincadeira: “Não esqueça de abaixar a tampa quando sair, hem!”. No exato segundo em que eu estava fechando a porta, já pelo lado de dentro, aquilo entrou pelo meu ouvido e ficou rodopiando em meus miolos pelo resto do dia.


Na hora do almoço, a televisão do restaurante mostrava uma entrevista com um que se dizia “representante dos motoboys”. Havia um nome para a tal instituição que não me recordo agora. Um sindicato talvez... Com ar de “porta-voz”, mas com um português sofrível, o uniformizado respondia a pergunta sobre o relacionamento com os motoristas assim: “A gente só quer passar! É só esperar um segundinho e, depois que a moto passar, o motorista fica livre para mudar de faixa”.


Após a janta encontrei meu amigo Akio, que tem uma floricultura. Iríamos para um aniversário e ele se mostrava incomodado por não estar levando um presente ao nosso amigo. Eu disse “Ué, porque não escolheu uma daquelas tulipas incríveis da estufa da loja?!”. Ele me ridicularizou: “Ah tá, aí eu chego no churrasco do cara e dou uma flor pra ele...”.


O que tudo isso tem em comum? Eu digo. Porque convencionamos algumas coisas sem o menor sentido!? Ou melhor, porque somos tão egocêntricos na hora de convencionar algo?! Porque é que eu não posso chegar para uma mulher e dizer “olha lá hem, não esqueça de levantar a tampa do vaso quando sair!”. De onde vem tamanha autoridade e convicção para falarem em tom de “bronca”?! Porque é que não posso eu gritar ao motoboy “Ei! É só você, ao ver que eu estou dando a seta, reduzir e me permitir trocar de faixa. Então seguir livre!”. Se você, algum dia, já dirigiu em São Paulo, já viu como a fila de motos pode ser algo de fim improvável... Outra coisa. Porque soa, no mínimo, descabido um homem ganhar flores?! Muitos dos homens que mudaram a história da humanidade apreciavam flores. Roma virou o maior império de sua época graças a homens com louros na cabeça. Louros esses que eram o maior prêmio dos jogos olímpicos da Grécia! Jesus em sua chegada triunfal em Jerusalém foi recebido por uma multidão com ramos de palmeiras nas mãos! Leiam meu texto “Minorulandia: O que podemos aprender com as flores.. Não entendo.


Já sei. Farei uma experiência:


· Alertarei uma mulher para que não esqueça de levantar a tampa antes de sair.


· Direi um a um motoboy que ele não é prioridade absoluta sempre.


· Está chegando o aniversário de um amigo. Darei flores.






Veremos o que vai acontecer. Aguardem um momento, já volto.








(O que você acha que irá acontecer? O que você pensa à respeito? Pode dar outros exemplos?)

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