“U Veio I eu”
Debaixo daqueles “gaios” sem “foia”
Naquela terra trincada donde inté os mais valenti calango arroia
Discançava de bruço um sinhô veio.
Naquele sol que inté “incascuia” os óio
Os bicudo preto, do alto, circulavam já
O vento que assubiava di longe vinha
I traziam inté o chero do taperebá.
Na muringa só areia
As firida já secaru
as camisa num crareia
nem os cabelo mais penteia
já sem as dor dos corte
O veio no seu leito de morte
Ainda com as lembrança forte
Surria!
Surria!Assim!di due os dente fraco.
Surria purque dianti das agúia
E das oferta q o diabu puía
Num iscurrego!
Surria purque mesmo di coro chorado
Os dedo do veio inrrugado
Jamais apunto pa outro lado
Surria purque mesmo cum u sangue na testa
As barba ingrisaiecerum honesta.
Daí u motivu da festa.
Assim durmiu pa sempri o veiu nu caminho
Seco e cum as custela fina
Mai limpo dos ispinho...
Nu céu, pa sempri já intro
Na terra eu , bem vestido e di bucho cheio, inté hoje percuro a saída.
Minoru Rodrigues Ueta Raphael
Um daqueles textos que encontro e sou abraçado pela vida em um dia cinza....Minoru, parabéns pelas palavras...
ResponderExcluirgostei! muito bom mesmo!
ResponderExcluirNem sempre leve, nem sempre alegre, mas sempre belo. Lindo causo.
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