Criança, igreja e muita ironia


Começo dizendo que sim, mulher deve dividir a conta. Deve dirigir e andar com as próprias pernas, tal como trabalhar duro e se manter. Até porque Homens procuram Mulheres e não filhas. Também digo “não”. Não, as incumbências do lar não devem ser apenas da mulher. Assim como o cuidado com as crianças e com a louça.
Já tendo tirado o nó da garganta das feministas e plantão, sinto-me livre para afirmar com convicção que mulher submissa não é a que tem de ser alimentada pelo marido ou receber ordens, mas a que diz “Eu poderia dividir, ou pagar inteiramente este jantar tal como fiz com muitos outros. Mas hoje, em se tratando de um dia especial pra nós, te farei anfitrião.” A mulher inteligente não é a que arranja um marido rico e vive com “mesadas” disfarçadas. Essas são as incompetentes. Molecas. Chupins. Esposas-filhas.
A mulher deve sim ser poderosa, mas bem disse o profeta Emicida: “Quer ser minha pequenina e pro mundo grandona”. Em casa, que meu colo te baste e supra toda a sede de mundo. A elegância não de se diminuir mas de se permitir ser cuidada. Conheço uma lenda –talvez indígena- que diz que a mulher nasceu da costela de um homem feito de barro. Tal poesia não se refere a depreciação mas sim, que a mulher nasceu para andar “ao lado”, e ao mesmo tempo –agora é lindo- sob o calor e proteção de meu braço.
Poucas mulheres despertam em mim tamanho libido e inquietação como as dançarinas de tango. Ao mesmo tempo que inegavelmente poderosas, permitem ser conduzidas. Guiadas. Consente a um consorte de terno inevitavelmente alinhado, o prazer da responsabilidade. Abre mão, assim como Deus com o livre arbítrio, do controle total e embrulha suas rédeas para presente. Se engrandece por isso. Aceita o título de “presente maior” já sonhado por qualquer amontoado de testosterona.
Mulheres ímpares são seguras como uma bela Audi RS8, que por ter a consciência de que sua potencia é sabida por todos, não peca por querer se mostrar demais. Sua beleza e capacidade são públicas e notórias. Não são vulgares como algumas Ferraris e seus donos novos ricos.
Talvez não devesse mas, para terminar, em verdade vos digo: Bem aventurada da mulher que sabe abdicar de conseguir sozinha, pois dessa será a melhor safra de Homens.
Tetelestai.

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4 comentários:

  1. A boa nova da graça de graça devia ser o enfoque. Estimulamos um senso de justiça falho e afastamos as crianças da possibilidade de desfrutarem uma verdadeira experiência com Deus. Existe de fato uma luta, mas a mesma ocorre em nós. Que a criatura abra os olhos e faça uma releitura dos manuais. Algo esta muito errado.

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  2. Imagino que voce esteja se referindo apenas ao novo testamento, por que no velho Deus realmente é o "Senhor dos exércitos". Ele mesmo se denomina assim ..

    Obvio que isso não faz o mínimo sentido hoje. Aquela Bíblia daquela época era feita para um povo que precisava ser forte, conquistar e guerrear, afinal não havia outra escolha. Mesmo assim não justifica as atrocidades que lá estão escritas ..

    Mas com certeza há relação entre àquele Deus e o Jesus, que não se utilizou dessa alcunha, com raras exceções, quando ele diz trazer a "espada", mas é perceptível o sentido metafórico.

    Enfim, concordo com voce. Não faz sentido nenhum ... mesmo havendo espaço dentro das escrituras para se interpretar dessa forma.

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  3. Concordo, e fico feliz q meus filhos já não aprenderam dessa forma... Tomara q façam parte de uma geração diferente, q enxerga um Deus amor, revelado em Jess, simples, humilde e perdoador.
    Parabéns pelo texto!

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  4. acho que, em vez de fazer uma limpeza imagética da bíblia, talvez fosse mais adequado ressignificar aquilo que está, sim, no imaginário judaico-cristão. até entendo seu objetivo de procurar soluções pragmáticas, corretas, éticas para nosso tempo. a história nos mostra, no entanto, que isso não funciona muito bem com uma simples negação de uma cultura que existe e tem muita razão de ser.

    Deus não deixa de ser senhor da guerra para se tornar todo amor. talvez precisássemos enaltecer, e não negar, o Senhor dos Exércitos. primeiro porque a vida não é um mar de rosas, por mais que seja compreensível que uma mãe tente fazer parecer assim para seus filhos. depois porque as crianças podem aprender muito sobre justiça ao verem que, como simples soldados, eles só podem levar sangue e morte, mas, quando estão sob sob a vontade do Senhor dos Exétcitos, até mesmo nós, máquinas de guerra, podemos ser instrumento de paz e propagadores da justiça.

    (também não gosto da utilização de cantos de guerra à exaustão. mas isso é outra história)

    andré

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